Eu nunca vejo. Sério. Mas só as chamadas já me deixam nervoso. Sistematicamente, o Globo Repórter alterna os temas saúde e natureza em suas edições. Culpa do Sérgio Chapelin. Só pode.
Como é que um programa, com 38 anos de idade, se permite cair em uma mediocridade e monotonia de pautas tão absurda? É sempre a mesma coisa. Penso nisso há anos, cada vez que anunciam o próximo programa. Cheguei a desenvolver a seguinte teoria (que suponho ser usada pelos produtores para traçar eternamente a rotina de pautas):
– nas sextas pares, falam de natureza;
– nas sextas ímpares, de saúde;
– quando o mês tem 31 dias, o que faz com que sua última sexta seja da mesma paridade da primeira do próximo — por consequência, causaria uma repetição de temas — trocam a abordagem para algo inesperado, como construção civil, viagens, economia e nem lembro mais o quê.
Só pode ser coisa do Chapelin.
Óbvio que trata-se de estratégia comercial para atingir um público que não sai da casa à noite e sem opção melhor que lhe agrade para assistir: faixa etária elevada, dorme relativamente cedo, interessado pelos assuntos “doença” e “coisas-bonitas-desse-mundão-de-meu-Deus”. Ou seja, o Sérgio Chapelin. Aflitivo.
Deve ser mal de Sérgios, pois o programa do Groisman também não costuma apresentar temas novos, mas pelo menos tem música ao vivo. Tá certo, estou ficando muito chato; velho demais para o Altas Horas e ainda novo para o Globo Repórter.