Se no Wii Golf eu sou o brasileiro mais bem posicionado no ranking mundial (22º lugar geral com “-10” no www.wii-records.com), por outro lado sou o pior do mundo no Mario Kart. Na modalidade Nintendo WFC fico sempre nas últimas posições competindo com gente da França, Suíça, EUA, Inglaterra, Japão etc. E o pior é que não tenho nem ideia do que estou fazendo de errado. Uso derrapagens, miniturbos, aproveito todas as vantagens que a pista me oferece, pego todos os dados flutuantes e uso seus atributos com sapiência, mas não adianta. Sempre perco. Quando incluo na disputa a minha filha de 4 anos, pelo menos sei que não vou ficar em último. Na hora de votar na pista, vou sempre na Luigi Circuit, a mais babaca e menos desastrosa pra mim.
Mas o meu problema com kart não se restringe ao videogame. As duas oportunidades que tive de pilotar um de verdade foram desastrosas. O problema maior é que eu enjoo. O cheiro de óleo, as curvas em alta velocidade, o desconforto do assento, tudo colabora para o meu mal-estar. Na última vez, fiquei tão destruído, mas tão destruído com a experiência, que cheguei em casa quase sem conseguir dirigir, às oito da noite, disse “oi” pro pessoal, me joguei no tapete da sala e dormi por duas horas e meia. Só me acordei porque minha cama era tentação muito maior e mais confortável para passar a madrugada. Acho que o que me liquidou mesmo foi o Dramin que eu tomei meia hora antes. Já escaldado da vez anterior, resolvi me precaver. Mas Dramin dá um baita sono. Acho que foi pior. Me senti como se eu tivesse bebido e apanhado muito. As pessoas que foram comigo não sentiram nada; saíram dando risada e fazendo planos para uma próxima vez. Pra mim nunca mais.
Vou focar o meu gosto por automobilismo na nova temporada da Fórmula 1 e na prática mais intensa de Mario Kart.