Meu papo de boteco preferido: Evolução

Evoluímos?

Há seis milhões de anos surgiu o último de nossos ancestrais humanos em comum com os chimpanzés. E isso nem é o ponto inicial de nossa espécie, se considerarmos a evolução humana um anel contínuo e não “dentado” — é homogênea e constante.

Durante esta trajetória, descobrimos o fogo, criamos ferramentas de pedra e começamos a nos organizar em pequenas comunidades, na maioria, nunca maiores que 50 indivíduos. Nossa rotina diária se baseava em sair para caçar ou colher pelas 8h30 e voltar para casa pelo meio-dia. O resto do tempo era só tranquilidade.

Nossa alimentação por milhões de anos foi baseada em grande diversidade, dependendo das espécies sazonais disponíveis e na oferta da natureza. Chegamos em nosso formato anatômico e biológico atual devido a esse comportamento e alimentação. Aqueles indivíduos que, por algum motivo, não compatibilizavam com o estilo de vida sucumbiam e os mais aptos se reproduziam. Somos frutos dessa evolução. E enganam-se aqueles que pensam que nossa expectativa de vida natural era pequena. A média poderia ser baixa, devido à grande mortalidade infantil e predadores, mas, considerando causas naturais, éramos bem longevos.

Até que há 12 mil anos aconteceu o que, talvez, tenha sido o maior divisor de águas de nossa história: a Revolução Agrícola. Compreendemos como produzir alimentos em larga escala e nossa alimentação foi ficando cada vez menos diversificada. Isso sem falar dos efeitos colaterais secundários, como aumento da carga de atividade para cuidar das plantações, instituição da propriedade privada, vínculos de trabalho, criação do dinheiro. Mas não é sobre os aspectos secundários que quero falar aqui.

O que são 12 mil anos se comparados aos seis milhões sob os quais nossos hábitos foram base de nossa evolução? Eu faço a conta para você: 0,2%! Ou seja, estamos praticando em nosso cotidiano uma alimentação atípica para a qual não fomos histórica e biologicamente preparados — e só vem piorando. Estou falando de praticamente toda a base de nossa vida: açúcar, álcool, inorgânicos (conservantes, corantes…), sem falar nos queridinhos-odiados do momento, que antes eram esporádicos e agora são os mais consumidos por nós: o glúten e a lactose. Sem mencionar também os hábitos físicos e mentais que mudamos drasticamente.

Não é papo de academia, de nutricionista, de revista underground com teoria da conspiração. É só olhar pra trás e raciocinar. Uma coisa é ingerir esporadicamente sal, açúcar, leite… Outra coisa é não comer mais nada além disso.

E como a gente não morre, então? A gente até morre. Mas nos últimos séculos a ciência e a medicina entraram em campo para nos salvar. É um tipo de evolução, mas diferente. O ser humano está manipulando seu próprio caminho evolutivo à revelia de Darwin, ou de Deus. Significa então que o ser humano não evolui mais? Eu não sei. A experiência observacional iria durar alguns milhões de anos para nos dar a resposta — a tecnologia avança muito mais rápido e muda nossos rumos antes que nossas células se multipliquem em uma direção definitiva.

Em contraste com a indústria da alimentação (ou trabalhando em conjunto, se preferirem), a medicina vem nos curando (ou nos mantendo reféns, se desejarem) dos males que criamos para nós mesmos. Repararam como, de um tempo para cá, os medicamentos que surgem não curam mais, apenas nos mantêm vivos com as doenças controladas? Será que as pestes que nos atingem estão ficando mais poderosas ou nossas indústrias precisam sustentar toda a cadeia criada sob elas? E isso também tem a ver com instinto e sobrevivência.

Eu não estou dizendo que isso tudo está errado. Eu não sei. Se olharmos sob o viés humanitário isso tudo parece muito do-mal. Se olharmos por um ponto de vista econômico, será que não é isso que faz a roda girar indefinidamente? Como estaríamos hoje se ainda caçássemos, colhêssemos, nos matássemos em disputas entre tribos? A gente ainda existiria? Seríamos mais felizes ou infelizes? A felicidade e a infelicidade existem?

Internet no Celular em Paris

Senado francês, celular
Menina tirando foto com o celular no Senado francês, Senat.

 

 

 

 

 

 

 

 

Se você pretende viajar e quer ter internet no celular em Paris, encontrei em janeiro de 2017 a melhor opção.

Em 2012, havia estado na cidade e consegui um plano da Orange, com internet ilimitada, por um total de 19,90€ (veja aqui). Era um pré-pago com validade de um mês. Perfeito para minha necessidade na ocasião e atualmente. Porém, este plano não existe mais. Nem mesmo existe plano algum de 3G/4G ilimitado, o que é um saco, pois ninguém quer ficar controlando o que consome de banda, muito menos ficar sem internet quando mais precisar.

Pois desta vez, pesquisando por todas as operadoras de celular disponíveis em Paris, me deparei com a Free. Trata-se de uma empresa de telefonia fixa, internet e TV a cabo que, parece, ingressou há pouco com planos de móvel. Como falei eles não têm também opção de dados ilimitados, mas há uma que você só vai conseguir acabar com a franquia se ficar assistindo Netflix durante toda sua viagem. O que eu acho que não tem como acontecer com ninguém que visitar Paris. Tratam-se de absurdos 50Gb de transferência por mês! Se você também precisa de outras formas de comunicação, como voz e SMS, esse plano oferece ligações ilimitadas para as regiões metropolitanas da França, SMS ilimitados para toda Europa e chamadas também ilimitadas para outros 100 locais fixos.

O valor é 19,99€ mais o cartão (chip ou SIM card, como você preferir chamar) que, creio, você ainda não possui, de 10€. São 29,99€ para um mês. Não é uma bagatela, mas é o melhor que achei.

Para adquirir é muito fácil. Basta você ir a uma loja da Free. Li na Internet que havia duas, mas só encontrei uma. O endereço é 8 Rue de la Ville-l’Évêque, próximo à praça da Concórdia. Todo processo é feito por um terminal de autoatendimento. Você precisa optar pelo plano (basta ficar de olho nos “50Gb” — não confunda com os “50Mb” do outro plano — e no preço: “19,99€”). O passo a passo do sistema irá lhe conduzir e perguntar se deseja o plano por apenas um mês ou continuamente. Lembre-se que essa informação é importante, pois o plano não é pré-pago, mas de conta. Optando por apenas um mês, ele será cancelado após esse prazo. Será solicitado seu email, nome e endereço em Paris. Serve o do hotel. Eles não o irão usar para nada. Nenhum documento é exigido. Irá perguntar também o formato do seu cartão, se mini ou nano, e lhe cobrar mais 10€ pelo chip. Atente a isso ou não vai encaixar no seu smartphone. Você paga com cartão de crédito e pronto, a máquina cospe seu chip. Se o modelo do seu telefone precisa de um alfinete para retirar o SIM card, peça a um atendente para lhe ajudar pois ele tem a ferramenta. Voilá! Saia usando imediatamente. Sempre que desligar e ligar seu telefone, será lhe solicitado o código PIN do cartão. Parece que é padrão o “1234”. Está escrito na embalagem que você recebeu.

Se ligue quando abrir seu Whatsapp. Ele perguntará (sempre acontece quando você troca de chip) se deseja mudar o seu número padrão para seu perfil no aplicativo. Se você pretende usar apenas provisoriamente seu número francês, não mude! Ou vai bagunçar a sua vida e seus contatos do “zap-zap”.
Como, acredito, todas as empresas de telefonia móvel de Paris, a Free Mobile tem redes wi-fi espalhadas pela cidade que irão conectar automaticamente no seu celular sempre que estiverem próximas para poupar os dados do seu plano. Pessoalmente, em todas as experiências que tive com elas, não valia a pena. Ou não funcionavam direito ou eram mais lentas que o 3G/4G da região. Desligue o wi-fi se isso ficar atrapalhando. A cobertura da rede 3G/4G é ótima e só funciona com deficiência no metrô, por exemplo. No geral, é bem melhor que no Brasil.
É bom ficar atento também se seu aparelho celular é compatível com o sistema de telefonia da França. Os iPhones brasileiros, a partir do 5S, tenho certeza que são.

É isso! Espero ter ajudado e bon voyage!

Como Economizar Bateria do Iphone

bateriaNinguém vive mais sem smartphones. Parafraseando o que Woody Allen disse sobre computadores (algo mais ou menos assim): “eles vieram para resolver problemas que não existiam antes da invenção dos mesmos”. E é bem por aí. Se pensarmos que antigamente a bateria de um celular durava uma semana, agora, dê graças a Deus se chegar em casa com alguma depois de um dia fora.

Se você tem um iPhone, redigi uns macetes que, dependendo dos apps instalados e do seu perfil de uso, farão você economizar tempo de bateria que pode salvar o dia. Estas dicas servem para iOS 7 (a maioria) e para iOS 8 (todas).

Antes de seguir os passos abaixo, vá até “ajustes” / “uso” / “uso da bateria” e espere carregar a lista de aplicativos logo abaixo. Ela vai te mostrar quais deles estão consumindo mais energia, seja porque você realmente o usa muito, seja pelo fato de estar mal configurado, usando recursos sem necessidade. Você pode ver o consumo percentual de cada app nas últimas 24h e nos últimos 7 dias. Se encontrar um item que pouco usa listado com os mais sugadores de energia, dê mais atenção a ele nas dicas abaixo.

1. Na tela principal, na parte inferior dela, arraste o dedo de baixo para cima, de fora para dentro. Abrirá um painel de controle. Ajuste a luminosidade de tela para o nível mais baixo, que não fique desconfortável. .

2. Em “ajustes” / “tela e brilho”, ative o botão “brilho automático”. Assim, o ajuste do passo um sofrerá alterações dinâmicas, de acordo com a luz ambiente. Quando estiver no escuro, ele reduzirá a luz da tela, quando estiver ao sol, aumentará, em todas as nuanças intermediárias também. De acordo com a luz do ambiente a tela de adaptará conforme a necessidade de iluminação. Por exemplo, se você estiver no cinema e quiser responder a mensagem de alguém sem atrapalhar ninguém, ela ficará no mínimo ajustado, e você continuará enxergando perfeitamente.

3. Em “Ajustes” / “Notificações”, entre em cada aplicativo e configure se quer ou não quer receber notificações deles e de que tipo.

4. Em “Ajustes” / “Privacidade”, clique em “Serv. Localização”. Entre em cada aplicativo e ajuste quando deseja ou não que ele use sua localização GPS: “nunca”, “sempre” ou “durante o uso do aplicativo”. Dica: a imensa maioria dos aplicativos você irá marcar “nunca”.

5. Em “Ajustes” / “Geral” / “acessibilidade”, procure “reduzir movimento” e ative. Trata-se de um efeito de consome muita bateria desnecessariamente.

6. Em “Ajustes” / “Geral” / “Atualizações em 2º Plano”, deixe ativo apenas nos apps que deseja que recebam atualização enquanto você não os está usando. Dica: a grande maioria ficará desativada; por exemplo,WhatsApp ficará ativado, mas YouTube não, pois não é necessário.

7. Nos apps que trouxerem opção de mudar os temas da interface, prefira aqueles com fundo escuro e letras claras. Quanto menos luz for emitida pela tela, menos energia é consumida.

8. Se seu dispositivo é 4G e seu plano de telefonia também, mas você estiver em uma região sem cobertura 4G ou não vê necessidade de uma conexão mais rápida, vá em “Ajustes” / “Celular” e, em “Voz e Dados”, selecione a opção 3G. Assim, o celular não ficará procurando pela rede 4G toda vez que ela não estiver presente e consumirá menos recursos. Não esqueça de voltar ao 4G quando precisar.

9. Com o iOS 8, veio um aplicativo chamado “Saúde”. Ele fica constantemente marcando quantos passos você dá e calculando a distância que anda por dia. Se você não usa isso, pode ir em “Ajustes” / “Geral” / “Privacidade” / “Movimento e Preparo Físico” e desabilitar o aplicativo Saúde ou, até mesmo, a função inteira de rastreamento de preparo físico. Outros aplicativos como o Waze também se valem deste recurso, não me pergunte para quê.

Com essas dicas, você vai economizar muita bateria do seu iPhone.