E se ao invés de elegermos um governo, elegêssemos dois? Seria boa a concorrência, não? Teriam que ser governantes profissionais, de carreira — como se já não fossem agora. Nossos impostos seriam rateados entre eles na proporção do uso que a população fizesse de seus serviços. Teríamos dois sistemas de saúde paralelos e usaríamos o que nos tratasse melhor. Existiriam aparatos educacionais distintos e matricularíamos nossos filhos no mais eficiente. A infraestrutura comum, como rodovias e ferrovias, teriam seus custos de administração compartilhados. Ou não! Poderiam existir a rodovia do governo A e a do governo B. Pagaríamos o pedágio na que atendesse melhor nossas necessidades. Poderia ter o governo que investisse mais em ferrovias e se tornasse logisticamente mais eficiente. Se houvesse duas polícias e duas justiças, elas seriam remuneradas de acordo com sua performance. Teríamos um custo total mais elevado para manter dois governos? Não acredito que fosse maior do que o atual custo-Brasil, que financia a corrupção incrustada em todas as esferas governamentais. Sem dúvida haveria uma guerra entre os dois, ou uma civil entre os adeptos de cada um. Mas isso já não existe hoje, de uma forma ou de outra?