Eu sei que isso não se faz, que são dois equipamentos com características distintas e, portanto, incomparáveis desta forma. E a mais importante delas é o tamanho do sensor (full frame X sei-lá-o-quê). Já havia feito uma comparação descabida entre minha antiga Leica D-Lux 4 e a, então, nova Sony Rx1r (leia aqui). Mas os motivos que me levaram a realizar este novo teste, agora entre a Sony RX1r e um iPhone X (o modelo de celular com a câmera mais aclamada atualmente), foram:
— a dúvida sempre presente se devo carregar minha câmera para alguns passeios em contraponto à portabilidade do celular (em viagens maiores nem questiono);
— o constante aprimoramento da ótica e eletrônica para fotografia com celulares.
OBJETIVO DO TESTE DE COMPARAÇÃO
Comparar a nitidez dos equipamentos; a qualidade da informação que eles entregam. Não pretendi testar cor, profundidade de campo, muito menos controle de recursos, apenas captação e nitidez de imagem.
AJUSTANDO AS DUAS IMAGENS
OBJETIVAS
As objetivas dos dois aparelhos são distintas. Enquanto a distância focal da RX1r é 35mm (full frame) a do Iphone X o fabricante não diz, mas imagino ser equivalente a uma 28mm. Captando um ângulo mais aberto, posteriormente precisei cortar a imagem do telefone para ficar com o enquadramento semelhante à da câmera.
RESOLUÇÃO
A Sony RX1r oferece 24MP enquanto o iPhone X 12MP. Não levei isso em consideração na avaliação, então, depois de cortar a imagem do celular (como falei acima) ressampleei a da câmera para ficarem semelhantes.
FOTOMETRIA
Com a RX1r, fiz a imagem no modo manual. Usei abertura 2.0, obturador a 1/160 e ISO 100. Com o iPhone X, por impossibilidade de usar o modo manual, apenas apontei e cliquei. Por conta disso, para que a comparação não ficasse muito discrepante, dei uma forcinha para o equipamento da Apple e, após, fiz uma leve corrigida nos níveis dos tons médios da sua imagem, pois ela havia ficado um pouco mais lavada.
MAGIAS
No iPhone X, usei o modo “foto” e não o “retrato”, que se vale de duas lentes para misturar imagens e conseguir um resultado mágico (!) quando se fotografa um objeto específico. Até porque, se optasse por um assunto assim, apesar da lente 2.0 da Sony RX1r conseguir um resultado de pouca profundidade de campo também incrível, a comparação sairia do aspecto “nitidez” e passaria a discutir “estética” — mascararia a percepção. Também não usei HDR e nada do tipo na Sony.
RESULTADO
Deixo para vocês avaliarem. Mas se querem saber minha opinião: eu continuarei levando minha câmera. Óbvio.
Quadro inteiro (clique para ver em tela cheia):
Meio quadro (clique para ver em tela cheia):
Quadro de detalhe (clique para ver em tela cheia):