Entre diversas coisas ruins que a gente sempre espera que nossos filhos não passem ou que não façam, algumas parecem tão bobas que geralmente nem chegam a ser preocupantes de fato. Mas são justamente essas que podem repercutir em (ou ser consequência de) outros aspectos da personalidade da pessoa, aí sim, bem mais graves.
Algumas das manias com desdobramentos ocultos que prefiro que minha filha não tenha:
– tirar a casca de pão de sanduíche;
– separar passas do arroz à grega, o pimentão do salpicão, a azeitona do pastel;
– deixar a borda da pizza no prato;
– estacionar o carro de ré no supermercado (pra quê, se é preciso guardar as compras no porta-malas?);
– não tomar leite, ou leite quente, ou leite gelado, ou café com leite;
– dizer que não gosta de comidas que nunca provou;
– cochichar na frente dos outros;
– valorizar somente os amigos que possam lhe dar algo em troca, que não só amizade;
– reclamar da vida sem parar, achar que é vítima do mundo.
Entre outros.
ai, tu foi de menor a maior gravidade, né? eu tenho uma mania, a de comentar em blogs. pq ninguem faz isso? será que alguém lê. Eu já matei dois blogs meus. Quando a gente escreve é para alguém ler? Tu lê?
Erm. Eu separo passas de qualquer coisa e digo que nao gosto sobre coisas que nunca comi (mas de uma forma genérica, não querendo dizer que não gosto efetivamente apenas que não gosto da idéia de comer aquilo – ou sequer ter que experimentar). E leite só com chocolate. :)
Leio. Claro.
Ah, Ricardo. Mas se o que te incomoda é a idéia, nao pensa. Come sem ter idéias. O mundo das coisas e o mundo das idéias. Será que nao perdes coisas ao supervalorizar idéias? O que enche barriga? Coisas ou idéias? E o bolso? Pensando bem: não sei se dá pra fazer alguma coisa sem pensar em fazer essa coisa. Comer passas nunca será tão automático como pisar na embreagem.
É justamente por não ser tão automático que, hoje em dia, eu gosto de passas. Um docinho no meio do salgado. Sempre uma supresa mesmo que saibamos que ela virá.
ah, isso aí o Mamadou Lopes já tinha me explicado. Em reflexo não se pensa. Impulso, pulsão, instinto…
Não entendo. Sempre que me dizem que é preconceito com algum tipo de comida quando eu digo que nao provo por que não me apetece e não gosto da idéia de comer aquilo, eu pergunto se comeriam grama, madeira ou papel. Por que algumas coisas são aceitas que não se prove – mesmo sabendo-se que não faz mal e que certamente há algum país que coma com regularidade – e outras não? Certamente nem todo mundo sai comendo tudo que é presumivelmente comestível por aí. Todo mundo traça uma linha. A minha pode ser mais estreita que a de outros, mas é uma linha como qualquer outra :) E Cuca, vai arranjar comentários que permitam quebra de linha ;)
Ã? O quê? Cara, eu só tenho uma conta no UOL, só isso :)