O Governo estendeu, mais uma vez, a redução do IPI para automóveis até março de 2010. Só que desta vez, apenas para carros de combustão flexível, que permitem o uso de álcool ou gasolina. É uma tentativa de conter as emissões de CO2. Há quem diga que os motores à álcool poluem tanto quantos os convencionais. Mas isso é outro assunto. Se a intenção é estimular o consumo de bens e serviços “verdes”, por que não subtaxar também a bicicleta, o transporte coletivo, os patins, o skate, o tênis de caminhada, o patinete, o carrinho de rolimã, o planador, os balões de aniversário para padres e o pogobol? Será porque 2010 é ano eleitoral e a indústria automobilística apoia… Ã… O… Ah, não. Claro que não. Imagina. No Brasil? Não, mesmo.
Nunca se vendeu tanto carro no país. E a crise mundial? O consumidor esqueceu. Tudo psicológico. Enquanto isso, ao invés de incentivar a produção de bens ecoeficientes, o não-desperdício e a eficiência do trânsito, o Governo joga mais carros nas ruas, faz “girar” a economia e, pasmém, aumenta a arrecadação.