As instituições de nosso País são essenciais para garantir os nossos direitos de cidadão. E isso é muito mais profundo do que possa parecer.
Quando os hospitais públicos (e todo o sistema) começaram a dar sinais de falência, passamos a freqüentar opções privadas e a contratar planos de saúde; quando a previdência social se mostrou incapaz de nos garantir uma aposentadoria digna, migramos para as ofertadas pelas grandes instituições financeiras; quando a segurança pública iniciou a ficar caótica, aumentamos nossos muros, compramos seguro contra roubo e contratamos seguranças para nosso comércio e, alguns, até, para suas próprias vidas; quando a educação pública começou a ficar impensável, colocamos nossos filhos em escolas particulares; quando descuidaram de nossas estradas ainda as venderam para a iniciativa privada e, agora, pagamos para andar nelas (mais uma vez); quando o transporte público começou a dar sinais de ineficiência, compramos mais carros e, muitas, muitas motos; enfim, quando nos demos conta que o imposto que pagamos ficou exorbitante, não estava sendo utilizado como deveria, era roubado na maioria, achamos que deveríamos passar a sonegar, a dar um jeitinho de minimizar a perda.
O brasileiro aceita tudo, não reclama, e sua passividade acaba virando mais que isso; em alguns casos vira falta de caráter. Agora, o nosso sistema aéreo, até então, motivo de orgulho da nação, começa a entrar em caos. O que iremos fazer? Andar só de ônibus. E o pior é que os mais prejudicados com isso são, novamente, quem não tem grana para pagar pelas alternativas, nem entendimento suficiente para questionar. Não se muda leis fingindo que elas não existem. Não se faz valer um direito, procurando outra forma de utilizá-lo. Só existe uma forma de mudar: é reivindicando. Vocês já pensaram como todos seríamos ricos se nosso país funcionasse de verdade? “Ricos” em todos os sentidos?
Bah, eu nunca tinha pensado sob esse ponto de vista. Fantástico o teu texto. Beijos aí pra vcs.