Eu nunca usaria uma camiseta escrito “Eu visto a camiseta”. É uma expressão tão batida que quase nem escrevi aqui. Mas o significado compartilho totalmente. Cerca de 90% de minhas camisetas são lisas. A maioria é escura (como preta, azul marinho…). Eu não compro, nem visto nada que não me represente, que eu não tenha a intenção de dizer. Tem gente que usa estampas que nem imagina o significado. Algum publicitário-otário (mais otário do que eu) irá chamar isso um dia de “tee-door”. Compreendo que adolescente, em fase de autoafirmação, tenha orgulho de exibir em seu tórax marcas de surfware, frases em inglês inteligível, imagens abstratas que não entendem (com viés artístico, tudo bem). Normal. Também tive esta idade. Agora, uma peruete portar essas maxi-bolsas escrito “I Love Colcci” é um pouco demais. Não tem nada melhor para amar? Ou para exclamar que ama?
Algumas de minhas camisetas que lembro (algumas da Threadless, outras da Banca de Camisetas) e que se referem a algo:
– “Stop destroying our planet. It´s where I keep all my stuff”;
– “Ajoelhe-se diante Zod”;
– “CD kills K7”;
– “Why are you so farway from me?” (desenhada pela Ana Margarites, com trecho da letra de minha música preferida de minha banda preferida, Weezer);
– “Sheakespeare hates your emo poems” (não, Weezer não é emo);
– com a tela do Space Invaders, do Atari;
– seleção francesa de futebol (comprei depois que venceu merecidamente o Brasil na Copa de sei lá quando);
– seleção holandesa (adoro essa camiseta retrô deles, é quase um manifesto aos uniformes “espaciais” das outras seleções na Copa anterior);
– seleção brasileira.
E, é claro, as de bandas:
– Titãs, com “A Expressão de um Homem Urrando” de Leonardo Da Vinci, capa do cabeça Dinossauro;
– Titãs, uma de turnê;
– Police, do show no Rio;
– Ramones;
– Dave Matthews Band;
– Weezer (2).
Quero ter (fazer):
– com a falha Guru Meditation do Amiga;
– com a frase “Estou guardando lugar na fila”.