Se você procurar por “unboxing” no Google, achará milhões de vídeos de consumidores que registram o processo de “desencaixotar” um produto logo após adquirí-lo. A intenção é fazer um review em tempo real (com afinco pseudotécnico-científico), mostrando a extraordinária reação consumista de todos nós ao “desembrulhar um brinquedo novo”, tal qual criança. Claro que os campeões de incidência são os gadgets, com larga vantagem aos produtos da Apple, que por si só já seriam míticos, mas também porque suas embalagens são sempre muito bacanas.
Como fã do Toddy Original ― e mais fã ainda de chocolate com grande percentual de cacau ― alucinei com a notícia do lançamento do Toddy Black. O novo protudo da Pepsico possui 133% a mais de cacau, segundo release divulgado na imprensa. 2,33 vezes cacau não, necessariamente, significa cacau suficiente, visto que nós mortais não sabemos, de fato, quanto cacau tem no Toddy Original. Mas claro que meu desejo foi sensibilizado.
Hoje, comprei um Toddy Black e resolvi fazer um unboxing. Vamos lá.
A embalagem, puxando para o preto ― como todos os produtos que têm apelo mais amargo ― é adequada. Não é sofisticada, como a destes produtos também costumam ser, mas por um lado isso é bom. Juntamente com o preço (similar ao Toddy Original) o design sugere que o posicionamento de mercado não será elitista. Espero que não seja apenas estratégia de lançamento. Desejo que o valor mantenha-se assim.
O pote de 350g do Toddy Black tem preço similar ao de 400g do Toddy Original, na faixa dos R$ 3,50.
A legislação de embalagens é clara. Não se pode dizer que um produto tem “mais alguma coisa” sem dizer qual a base da comparação. Por isso, ao escrever que Toddy Black tem mais chocolate e cremosidade, não deixam de fazer referência ao Toddy Original.
A tampa-rosca é preta. O frasco, acredito ser idêntico ao da versão original, com as mesmas marcas em relevo. O papel alumínio que sela é igual.
O pó, aparentemente, é um pouco mais crispy. Bem pouco. Sua coloração é mais escura puxando para avermelado. Claro que não é avermelhado se olhar só para ele, mas na comparação direta com seu irmão mais velho, tem esta tendência cromática. É mais bonito.
Nutricionalmente ― mas quase insignificante ― é um pouco menos calórico. Menos corboidratos e açúcares. Em termos de gordura, na mesma proporção, mas inversa. Deve ser pela quantidade maior de cacau. Dá pra perceber que não é muita, apeser de mais elevada. Mas, como dizem os especialistas, a gordura do cacau é do bem. Tem fibra, o que é bom. E, daí pra baixo são aditivos vitamínicos que, acredito, sejam padrão da Pepsico para produtos dirigidos também para o público infantil.
Infelizmente, a descrição dos ingredientes não cita quantidade. Até porque, se o fizesse, não haveria mais propriedade industrial. Eu colocaria no Toddy Black “cacau + cacau”, só para fazer um charme. Acho que não estaria fazendo nada ilegal. :)
Na hora do bem-bom, já com o leite quente, não se mostrou difícil de misturar, não empelotou, como o Toddy de anos atrás fazia e o atual ainda faz um pouco no leite frio. Mas eu não me importaria com isso. Até gosto de desmanchar as bolinhas ao tomar. A coloração final é intensa, resultado esperado pela própria cor do pó.
A Stela gostou. Eu também. É muito bom. Vou migrar. O único senão é a característica do “+cremoso”. Não precisa. É meio artificial. Sabe quando se coloca maisena para engrossar o chocolate quente? Fica tipo mingau. Mas a percepção é bem sutil; não compromete muito. Pra mim, no novo Toddy, bastava terem mantido a mesma fórmula, ampliando apenas o cacau.
Eu fazia com o Toddy Original o macete de usar duas colheres (das de sobremesa) do produto e mais uma de um cacau em pó bem forte. Isso ainda é melhor do que o Toddy Black. Mas estou feliz com o produto. É um avanço.
Comprei um pra ti… :( vou ficar pra mim… acho que o Miga vai gostar!
Bom dia . Muito interesante seu comentário sobre Black Toddy. Comprei um na minha cidade no interior do RS, numa rede de supermercados local e gostei muito. Agora não acho mais. Esse cacau em pó mais forte que o Sr. se referpara misturar, qual é?. Pode ser o Monje da Nestlé ou é outro?. Muito obrigado. Atte.. Guillermo
Guillermo, quando me refiro a cacau em pó, falo de produto 100% cacau. Infelizmente, não conheço nenhum nacional à disposição no varejo tradicional. Inclusive, esses que você citou, creio que nem informam a porcentagem dessa matéria-prima. Os que uso são comprados em viagens. Lembro que o cacau deve ser misturado com o leite quente, ou não será incorporado ao leite, e que, por ser 100%, é evidente não possuir mais nada em sua formulação, então, precisa de açúcar.
Bom, também gostei dessa novidade, chocolate menos doce… pirem em são paulo não acho pir menos de 10,00 um preço meiio altinho, mais vale.
Não estou encontrando mais o toddy black em aruja, o pior o meu filho sente muita falta.
Me ajude
Regilania, sugiro misturar Toddy normal com esses chocolates em pó, com maior índice de cacau, usados para culinária. É o que eu tenho feito em casa, inclusive, reduzindo os níveis de açúcar que se consome lá em casa. Inicie misturando 10%, um mês depois passe para 15%… Vá aumentando aos poucos para seu filho não perceber.
Onde achar o chocolate toddy blek nao acho em mercado nenhum em guarulhos
Bom, se isso é uma pergunta e se você está se referindo ao Toddy BLACK, talvez seja melhor questionar ao fabricante.
Entrei em contato..o toddy black deixou de ser produzido..que chocolate com mais cacau vc tem usado pra misturar? mistura no toddy normal msm? obrigado.
Cláudio, existem várias marcas de cacau 100%. Tenho usado Garoto, pois é a que tem tudo no supermercado que frequento. Eu comecei misturando com Toddy normal, para as minhas filhas irem se adaptado aos poucos à redução de açúcar e à redução do gosto original do Toddy. Hoje, já faço meio a meio. Consequentemente, ao invés de colocar as duas colheres tradicionais se Toddy, estamos usando apenas uma da mistura, pois fica mais forte. O melhor é elas consomem 1/4 do açúcar de antes. Em breve, abandonarei o Toddy e ficarei apenas no cacau com açúcar, na proporção que eu desejar, porque cacau sem açúcar é impossível.