Celulares fazem de tudo. Tem uns que, parece, até podem ser usados para telefonar.
Antes do advento dos smartphones, a Nokia lançou um modelo muito simples, que tinha uma pequena lanterna como diferencial. Raso de barato. Ele apenas telefonava e iluminava. Sensacional! A maioria das pessoas não usa nem 10% das funções de seus aparelhos. Mas uma lanterna, tenho certeza que despertou, senão apenas curiosidade, interesse de algum tipo de consumidor.
Comecei a imaginar dezenas de modelos de celulares, cada um com um feature específico para um tipo de pessoa:
– com espelho, para mulheres maquiáveis;
– com saca-rolhas, para sommeliers;
– com trena eletrônica e nível, para arquitetos e mestres-de-obras;
– com bússola analógica, para exploradores e desorientados;
– com multitester, para eletricistas;
– com medidor de pressão, para profissionais da saúde;
– com medidor de taxa de glicose, para diabéticos;
– com canivete suíço, para… para… suíços;
– com balança portátil de malas, para turistas consumistas;
– com colorímetro, para designers e pintores de parede;
– com contador manual, para pecuaristas e guias turísticos na Disneylândia;
– com decibelímetro, para vizinhos chatos.
“Alô, é da Nokia? Tenho uma ideia pra vocês desbancarem o iPhone. Quer comprar?” : )
Com barbeador elétrico, para economizar tempo.