Foi no supermercado. Em minha última ida semanal. Como de costume, comprei uma caixa com 12 litros de leite; lacrada; pesada. Também levei outros 10 litros com 90% a menos de lactose, para as meninas. Esses, avulsos.
Como sempre, na hora do caixa, tiro um da embalagem, para não ter que colocar a dúzia inteira sobre o balcão, e digo à moça: “são doze”. Fiz o mesmo com a dezena dos outros: “e deste são dez”. Ela computou. Porém, incrédula, pediu: “posso olhar?”. “Hf! Claro.” Constatou a caixa violada por um e aprovou. Olhou para os avulsos e contou: “um, dois, três… dez; ok”. Imagina. Era a primeira vez que alguém desconfiava de mim no supermercado. Devia ser meu shorts vermelho surrado ou meu chinelo pós-trabalho. Também já estava na hora de cortar o cabelo, pensei. Por outro lado, fiquei aliviado — havia passado no teste. Imagina se eu tivesse contado errado; que vergonha seria.
Ao descarregar as compras para o porta-malas, pego a caixa de leite e sinto algo melado nas mãos. Era mais espesso que leite. Não era leite. Olho para o fundo gradeado do carrinho e lá estavam: dois croissants estrebuchados dentro do saco da padaria, como por um rolo compressor. O sangue vermelho-goiabada esguichava de seus corpos.
Roubei e matei dois turistas franceses em uma Quarta-feira de Cinzas.
Bah, eu ri MUITO do final do texto! poaisjdpadji
e matou com requintes de crueldade, ainda! hahah
kkkk to adorandooooo te ler! cai aqui pelo Amigos… vou voltar. Mas este post eu não me contive rsrsrs… uma vez no Nacional da Cohabpel levamos uma caixa pelo preço de uma caixinha. É. Chegamos em casa e achei estranho… mas era pra ter dado mais o $$… fui ver a notinha e tá – só uma caixinha… rsrsrsrs Grande abraço.