Mediodia – Café Tacuba

Mediodía
(Café Tacuba)

Jala una silla, siéntate a un lado, aquí, donde pega el sol.
Mira las plantas, cómo reaniman la vista alrededor.

Parece mentira, los pájaros vuelan hasta mi balcón.

Mira los niños, juegan con globos de cualquier color.
Mira la gente, compra helados de cualquier sabor.

Parece mentira que haya tanta vida en este lugar, ¡qué felicidad!

Parece mentira que entre tanta gente en esta ciudad
no tengo a nadie con quien compartir la vista desde mi casa
este sábado al mediodía.

Aliás… – A Acústica dos Palcos de Pelotas

Vitor Ramil começa a cantar com a Orquestra de Cãmara do Teatro São Pedro – no Theatro Guarany. Eu só consigo pensar em como o som está pior do que o de 10 dias atrás.

Aliás, o som está ruim mesmo. Aliás, eu nunca presenciei um bom som no Guarany. Aliás, por caonta do som, Titãs foi horrível. Djavan foi médio. Adriana Calcanhoto eu estava mal posicionado.  Los Hermanos foi ridículo. 14 Bis foi legal por causa de uns fãs enlouquecidos que estava na minha frente (não lembro do som). Ed Motta foi sonolento (não lembro do som). Aliás, aliás.

A apresentação de Vitor com Paulinho Moska no Salão de Atos da UFRGS foi sensacional. Acústica perfeita, entrosamento (espontâneo) perfeito. Som simplesmente sem ressalvas. (Aliás) surpreendente, pra quem não está acostumado com as boas salas da capital. Eu só havia presenciado um som tão bom quando vi o Djavan no Teatro do Sesi – outro espaço onde a acústica beira à perfeição.

Mas eu não sou conhecedor de acústica para realizar uma análise profunda, (aliás) nem uma de qualquer tipo. Não sei se o problema se deve à estrutara inapropriada do Guarany, ao equipamento ou à inabilidade de ajustá-lo às peculiaridades do teatro. Talvez os dois. É bem provável que o som de retorno de palco também não estivesse bom, pois foi a primeira vez que percebi Vitor Ramil errar e até semitonar. E olha que eu sou perito em semitonar :). Foi uma pena. A gente só se dá conta das deficiências da nossa cidade quando compara. E a comparação, neste caso, estava tão latente na minha cabeça que era quase impossível se entregar à música da mesma forma com que estive absorto 100% no dia 3, em Porto Alegre.

Como foi o show de Vitor com a OCTSP (se é que a sigla é esta)? A resposta é: Vitor é um excelente cantor, instrumentista e compositor e a Orquestra é sublime. Fora isso, eu quero ver de novo Paulinho Moska e Vitor Ramil.

Minha teoria sobre o Lost

Minha teoria pode coexistir com muitas outras que todo mundo fala, como eles estarem mortos e a ilha ser um purgatório… e tantas outras.

Minha teoria não diz respeito sobre o motivo deles estarem ali ou qualquer outro motivo a cerca dos eventos sobrenaturais e não-naturais que acontecem a todo o momento. Até porque, acho que nem os roteiristas sabem disso ainda.

Minha teoria só diz respeito à linha conceitual pela qual se desenvolvem as histórias e acontecimentos. Eu já tinha pensado nisso antes de começar a ver a terceira temporada e, agora, estou sendo conduzido a acreditar mais fortemente nela.

Minha teoria é a seguinte: destino. Tudo que acontece com os passageiros daquele vôo estava escrito que iria acontecer. Por isso, as conicidências com a série de números, todos os encontros pré-ilha entre os personagens; tudo eram sinais que algo conspirava para acontecer com eles; que seu futuro estava escrito. Isso explica as cenas com o vidente australiano aquele que, para Rose disse que não pode fazer nada por ela e, para Claire, que ela precisaria embarcar naquele exato vôo.

Nos 4 episódios da terceira temporada que já vi esta minha hipótese começa a ficar ainda mais explícita.

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Se você ainda não viu os primeiros episódios da terceira temporada, não leia a parir daqui!
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– Quando os Outros vêem o avião caindo, eles parecem já saber o que estava acontecendo; como se esperassem por aquilo.
– Desmond prevê que Locke irá fazer um discurso e acerta.
– Hurley diz que está tendo um deja vu.
– Desmond prevê que um raio iria cair sobre a tenda da Claire e Charlie e monta um pára-raio e salva os dois e o bebê.

Enquanto isso, no Norte do País…

– Isso aqui que tá aberto no computador, pode deletar?
– Não, não. Pode apagar.

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– Ela só fez até a 4ª série, mas leu muito gibi. Muito gibi, mesmo. Gibi dá pra pessoa uma boa… ã…

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Lula, no debate do SBT:
– Não é querer relembrar o passado, é só para remomorizar na cabeça…

Mobral

Letra (e música, principalmente) sensacional do primeiro e excelente disco do Casseta & Planeta. (sim, eu não tenho nada que fazer)

Mobral
(Casseta e Planeta)

Quando eu vejo qualquer coisa
começo a lembrar
de tudo que rolou e do que ainda vai rolar
entre nós…
Hummmmm…

Não tenho mais sossego, não consigo trabalhar
É só fechar os olhos que eu começo a imaginar
Nós dois…
Hummmmm…

Um avião que entra no angar
Um ganso se afogando em alto mar

Uma minhoca esfregando no buraco
Duas bolas na caçapa e um taco

Uma pasta de dente espremida até o fim
Uma índia segurando um aipim

Um psicanalista com a boca no charuto
O líquido e o Produto Interno Bruto
Bruuuuto…

Talvez um escritor, um intelectual,
Encontre a imagem ideal

Mas para falar de amor só precisa sentimento
E ter feito pelo menos o Mobral…
Mobral…

Distinguir consoante de vogal
Fazer conta até a casa decimal
Um pouco de concordância verbal..

E se Lula ganhar no primeiro turno?

– Lula ganha no primeiro turno.
– Os militares tomam o poder.
– Metade da população, indignada com o resultado das eleições, apoia o golpe.
– Os movimentos sociais (como dos sem-terra) engrossam o confronto contra os militares.
– Os morros do Rio são invadidos pelo exército.
– Instaura-se uma guerra civil.
– Os norte-americanos mandam tropas, principalmente para a Amazônia, em nome da “paz” e da “democracia”.
– Venezuela e Bolívia colocam seus exércitos à disposição do Brasil, para defender a América do Sul.
– Inglaterra apóia Bush e manda soldados.
– Eles depõem o novo governo e montam um provisório.
– Milhares de vítimas inocentes são mortas em bombardeios “de precisão”.
– São convocadas novas eleições.

Pode ser a nossa salvação. Ehehe. Que horror. Nem brincando.

Lista de presentes

Tá. Meu aniversário já passou, mas talvez você queria me dar um presente de, ã, ã, ã… Dia da Criança… Não? São itens difíceis de achar. Então, se você econtrar em alguma loja, pode comprar (versões nacionais) que eu reembolso. :)

– Depois de Horas (After Hours – 1985)
– Donnie Darko (2001) – versão especial, de preferência
– Nimitz – De Volta Ao Inferno (The Final Countdown – 1980)
– Princesa e o Guerreiro, A (Krieger und die Kaiserin, Der – 2000)
– Alucinações do Passado (Jacob’s Ladder – 1990) – este não existe em DVD no Brasil, mas de repente sai

De “Barato” só o nome

Eu sempre ouvia falar no Luciano Mello. Era conhecido de conhecidos, estava em todos os eventos culturais da cidade que eu ia, chegou a ser Secretário de Cultura da cidade coordenador (“frustradíssimo, já q as minhas idéias nunca eram bem vindas”, segundo ele) das Artes Cênicas e Músicais do Theatro Sete de Abril. Ou seja, chegava a ser uma personalidade pelotense, ao meu ver, mas meio enigmática, já que eu não sabia nada a seu respeito. Sabia que era músico, mas nunca tinha ouvido nada dele. Até que, sei lá como, ele apareceu aqui na agência para fazermos a capa do CD que ele lançaria através do FUMPROARTE. Olha, isso faz, aproximadamente, uns 3 anos, eu acho.

O trabalho andava e parava, andava e parava. Eu já estava começando a desconfiar que Luciano Mello era uma “fraude”. Até que, na semana passada, finalmente, mandamos a capa para produção e o álbum sairá, enfim. Quinze dias antes, ele havia deixado um CD-R para ouvirmos. De fato, só tive tempo de parar e escutar na semana passada.

Para a minha grata surpresa “Universo Barato” é sensacional. Envolto em uma estética contemporânea que, por muitas vezes, acaba por servir de máscara para músicas medíocres, aqui elas servem de bela moldura. Lá por trás, tem música da melhor qualidade.

Provavelmente ele não concorde, mas defino o som como uma mistura de Vitor Ramil (que, aliás, é parceiro e toca na faixa “No Floor”), Rogério Skylab (pelas vísceras em alguns momentos) e Nine Inch Nails (pelos arranjos eletrônicos frenéticos e densos). Imaginando como aquele instrumental orquestral e ao mesmo tempo tapa-na-cara foi concebido, percebi em algumas músicas a ausência total de uma condução harmônica. Dá impressão que o troço foi gravado com um teclado “gavetão”, os arranjos inusitados foram sendo adicionados e, depois, retirou-se a base “gavetão” da harmonia moldando a obra final. Só ouvindo. O trabalho é meticulosíssimo e, agora, entendo por que demorou tanto a ficar pronto. Luciano Mello é um perfeccionista.

Há ainda as participações de Nelson Coelho de Castro e Nico Nicolaiewsky. Destaques para “Resto Começo” e “Memória do Futuro” que abrem o CD, mas todo ele é bom. Comprem quando chegar às lojas. Vale muito!

Problema de organização virgiânica

Seus usuários de iTunes!! Seus macqueiros. Me ajudem, por favor.

Eu me rendi ao iTunes, até por causa do iPod. Me rendi também ao fato dele organizar por si só as músicas em pastas, de acordo com o preenchimentos dos tags de cada mp3. Me rendi também à pasta ridícula “Minhas Músicas” do Windows. Ou seja, basta eu organizar os tags e o iTunes cria pastas e coloca os mp3 nos lugares certos. Agora, alguém tem a solução para quando uma música é interpretada por mais de um artista, mesmo que esteja presente no álbum de um só? Nunca enfrentaram este problema? Por exemplo, a música “Candy”: eu gostaria de cadastrá-la com os artistas “Iggy Pop & Kate Pierson”, para quando eu buscar, no iTunes, por um ou outro nome, ela aparecer. Só que aí, o iTunes cria uma pasta Iggy Pop & Katie Person e priva a música “Candy” do convívio com as demais do mesmo disco do artista “Iggy Pop”. Pesquisei na Internet e só achei gente perguntando, perguntando, mas ninguém dando solução. Tem indiano de cara com a Apple, pois parece que a maioria das músicas na Índia é interpretada por mais de um artista e o país representa uma boa fatia do mercado de iPods. Abaixo, o depoimento que me inspirou a questionar isso aqui.

“Another thing is that when a track has more than one artist, how the hell do you tag it? WMP9 accepted artist names spaced by ;. So you’d go ‘Seal; BB King’ for instance. That way it would place the track under both artists in the database. iTunes doesn’t do this, and I haven’t been able to figure out if it even deals with this issue. Any Mac people have a solution for this?”
http://binarybonsai.com/archives/2003/10/19/organizing-electronic-media-today/

Zoombido

Todas às quintas-feiras, às 22h (acho que agora mudou para às 20h30), no Canal Brasil – um dos oferecidos no pacote Globosat -, passa um programa sensacional que, por acaso, eu encontrei. Nunca tinha me atentando a sua programação, pois a maioria dela era de filmes brasileiros do tipo não-muito-atrativo-para-mim. Só que existem programas muito interessantes que, hoje, são o que há de melhor na minha telinha. “Zoombido – Para se fazer uma canção” é um deles. É apresentado por Paulinho Moska, que traz convidados a falar sobre um assunto que muito me agrada: composição musical. Não é um programa para leigos no assunto, mas também não é algo inacessível; é que pode ser tornar chato para quem não tem interesse de saber sobre os métodos de criação, sobre como cada autor encontra sua inspiração e temas relacionados. A qualidade de vídeo e sua edição são um bônus à parte para o deleite de quem assiste. Na abertura e encerramento, são mostrados todos os entrevistados (cujos programas já foram gravados) compondo, apesar de individulamente, uma música em parceria. Cada um faz uma partezinha da letra, harmonia e melodia e o seguinte vai completando. Um barato. Já assisti edições com André Abujanra, Leoni, Nando Reis, Oswaldo Montenegro, Otto, Frejat, Chico César, Lenine, entre outros. Mas na abertura aparecem outros, como Vitor Ramil, o qual não sei se já foi exibido ou ainda será.

Durante o programa, o bate-papo com o convidado é interrompido por performances musicais. Na primeira, o entrevistado toca sozinho. Na segunda, Moska fica batendo fotos digitais através de um tijolo de vidro que monta imagens inesperadas a cada clique. Na terceira, anfitrião e convidado se unem para tocar e cantar juntos. O programa é ambientado em um estúdio de gravação musical muito bonito e e cheio de janelas. A qualidade da captação e mixagem do áudio são excelentes. Um disco com as canções captadas em todos os programas não seria uma má idéia.

Como eu sempre digo: televisão é algo muito bom, quando se encontra o que valha a pena.