Sim. Odeio emo. Música emo. Contra os emos (pessoas) não nutro sentimentos. Não gosto da música da Fresno, pois são baseadas em fórmulas. Se eu gostasse de fórmulas, tinha feito química. Também não gosto das letras da Fresno, pois são bobocas, recorrentes. Quando ouço, fico pensando “por que ele escreveu isso assim? por que usou esta palavra e não esta outra?”. Estou falando da Fresno porque, ao meu ver, está no topo da cadeia alimentar, apesar das calças de mulher que o vocalista usa. O resto é muito pior. Porém, Fresno é uma das bandas que eu respeito, pois souberam se posicionar no seu segmento, tocam muito bem, cantam muito bem, têm bons arranjos. O show deles deve ser muito bom.
A última coisa que eu quero no mundo é agir como os mais velhos, quando eu ouvia as minhas músicas: “Isso é música de maluco! Não faz o menor sentido! As músicas da minha época é que eram boas! Pelo volume do instrumento, o baterista deve ser o dono da banda!”. Por isso, eu sempre me dedico um pouco a tentar assimilar o que as novidades têm de bom. Tá tocando no rádio? Deixo rolar. Tão ao vivo na TV, mais ainda. Claro que, nesse processo de assimilação, tenho medo de aceitar demais e acabar vendo qualidade onde não existe, mas esse forma de pensar me é útil, principalmente, como publicitário.
Outra que eu respeito muito é a Pitty. Eu nunca compraria um disco dela. Não é meu estilo. Mas ela é muito competente. Além do mais, gosto do aspecto autoral do trabalho. É muito sincero e visceral. Gosto de trabalho atual, meio jovem-guarda. Vejo Roberto Carlos cantando junto a ela em seu especial de fim de ano. Ele só trocaria a parte que diz “… que me acha foda” por “…que me acha joia”. Mas acho que ela não se importaria.