Vitor Ramil começa a cantar com a Orquestra de Cãmara do Teatro São Pedro – no Theatro Guarany. Eu só consigo pensar em como o som está pior do que o de 10 dias atrás.
Aliás, o som está ruim mesmo. Aliás, eu nunca presenciei um bom som no Guarany. Aliás, por caonta do som, Titãs foi horrível. Djavan foi médio. Adriana Calcanhoto eu estava mal posicionado. Los Hermanos foi ridículo. 14 Bis foi legal por causa de uns fãs enlouquecidos que estava na minha frente (não lembro do som). Ed Motta foi sonolento (não lembro do som). Aliás, aliás.
A apresentação de Vitor com Paulinho Moska no Salão de Atos da UFRGS foi sensacional. Acústica perfeita, entrosamento (espontâneo) perfeito. Som simplesmente sem ressalvas. (Aliás) surpreendente, pra quem não está acostumado com as boas salas da capital. Eu só havia presenciado um som tão bom quando vi o Djavan no Teatro do Sesi – outro espaço onde a acústica beira à perfeição.
Mas eu não sou conhecedor de acústica para realizar uma análise profunda, (aliás) nem uma de qualquer tipo. Não sei se o problema se deve à estrutara inapropriada do Guarany, ao equipamento ou à inabilidade de ajustá-lo às peculiaridades do teatro. Talvez os dois. É bem provável que o som de retorno de palco também não estivesse bom, pois foi a primeira vez que percebi Vitor Ramil errar e até semitonar. E olha que eu sou perito em semitonar :). Foi uma pena. A gente só se dá conta das deficiências da nossa cidade quando compara. E a comparação, neste caso, estava tão latente na minha cabeça que era quase impossível se entregar à música da mesma forma com que estive absorto 100% no dia 3, em Porto Alegre.
Como foi o show de Vitor com a OCTSP (se é que a sigla é esta)? A resposta é: Vitor é um excelente cantor, instrumentista e compositor e a Orquestra é sublime. Fora isso, eu quero ver de novo Paulinho Moska e Vitor Ramil.
O pior do guarani é o estado lastimável do teatro… sujo, fedido e destruído. É uma pena, mesmo.