I.
A primeira coisa que eu pensei quando ouvi falar que a Alanis Morissette lançaria “Jagged Little Pill” em versão acústica foi que ela estava morta, sem conseguir escrever mais nada que valesse a pena ser ouvido e que essa seria sua última cartada. Provavelmente, eu esteja certo.
II.
Eu, agora, costumo ouvir rádio, coisa que eu nunca fiz, no meu trajeto de final do dia, da agência para casa. Eu sempre achei a programação das rádios que sintonizam-se em Pelotas terrível. É bem verdade que, hoje, temos a Rádio Com (comunitária), com uma proposta mais adequada ao meu estilo. Mas suplantar anos de intolerância radiofônica é difícil. O que acontece é que peguei me ouvindo o Programa Y e é isso que escuto ao entardecer, durante, no máximo, 15 minutos na direção. Quando dou azar, passo o caminho todo ouvindo Charlie Bronw Jr. Quando dou sorte, sou surpreendido com coisas magníficas como Alanis na versão acústica de “Perfect”.
III.
Sabe o que é tu ficar hipnotizado, chegar em casa, entrar na garagem e não conseguir sair do carro? Porra, eu já conhecia a música – quem não conhece? –, mas serviu para eu chegar à conclusão de que “Jagged Little Pill” deve ser gravado, pelo menos, mais umas 15 vezes, até Alanis não poder mais emitir um só som de sua boca desdentada e cheia de rugas.
IV.
Claro que comprei o disco. E como letra é uma coisa secundária pra mim, que eu só começo a prestar atenção depois de ouvir a música umas 100 vezes, “Hand in My Pocket” merece ser publicada aqui para os idiotas que nem eu que nunca ligaram para o que ela diz. Aconselho a não ouvir esse disco enquanto dirige, principalmente se for tentar descobrir a intenção de cada música – lágrimas nos olhos prejudicam a vista e os reflexos ao volante.
Hand in My Pocket
I’m broke but I’m happy
I’m poor but I’m kind
I’m short but I’m healthy, yeah
I’m high but I’m grounded
I’m sane but I’m overwhelmed
I’m lost but I’m hopeful baby
What it all comes down to
Is that everything’s gonna be fine, fine, fine
I’ve got one hand in my pocket
And the other one is giving a high five
I feel drunk but I’m sober
I’m young and I’m underpaid
I’m tired but I’m working, yeah
I care but I’m worthless
I’m here but I’m really gone
I’m wrong and I’m sorry, baby
What it all comes down to
Is that everything’s gonna be quite alright
I’ve got one hand in my pocket
And the other one is flicking a cigarette
What it all comes down to
Is that I haven’t got it all figured out just yet
I’ve got one hand in my pocket
And the other one is giving the peace sign
I’m free but I’m focused
I’m green but I’m wise
I’m shy but I’m friendly, baby
I’m sad but I’m laughing
I’m brave but I’m chicken shit
I’m sick but I’m pretty, baby
And what it all boils down to
Is that no one’s really got it figured out just yet
I’ve got one hand in my pocket
And the other one is playing the piano
What it all comes down to my friends
Is that everything’s just fine, fine, fine
I’ve got one hand in my pocket
And the other one is hailing a taxicab…
eu tinha hand in my pocket na porta do meu quarto :)
Acho que quando ela surgiu eu começei a escutar já… Mas hand in my pocket nunca significou muita coisa, ao contrário da head over feet (nataniel seu bunda moooole hehhee). Vou prestar mais atenção nela… numa dessas :)
Hand in my pocket é deveras boa.
Eu lembro do meu primeiro pensamento quando ouvi Alanis (devia ser Hand in my Pocket): “Ei, isso é Cranberries?” Na época eu era meio surdo.