É um salão de beleza chamado “Saloon”. Cabeleireiros, manicures, depiladoras; essas coisas. Todos vestem-se como no velho-oeste. Eles de chapéu de cowboy, botas, coldres. Ao invés de pistolas, secadores de cabelo, pentes e tesouras. Elas de vestidos com armação e mangas bufantes. A porta de entrada é de vai-e-vem, bipartida — “nhec, nhec, nhec”. Na sala de espera há mesas de bar. Na recepção, atrás do balcão, um barman de colete e tira preta no braço, como um croupier, serve uma dose. Ao piano, um tipo não-sei-de-nada-estou-aqui-por-acaso dedilha um tema de briga dos filmes do Trinity. Clientes têm coxo e vaga garantida para seus cavalos — mas quem vem montado? Na parede um cartaz “Procura-se” traz a foto de um tipo com mullets. Lava-se os cabelos em tinas de madeira perfuradas por balas. A cada por-do-sol, um duelo: a cowbiba da primeira cadeira enfrenta a bandida da última. O Saloon para para ver. De quem será o dedo mais inquieto e que disparará o secador primeiro? A vencedora fará o corte do bofe da cidade vizinha que vem de dois em dois meses cortar o cabelo. Você está no Saloon.