Não entendo muito bem essa história de sensação térmica.
Outro dia fazia 3ºC na minha cidade, mas a sensação térmica era de -1ºC. Em outro município, de -5ºC. Pelo menos foi o que disse a moça da televisão.
Hoje na Europa, a sensação chegou a 56ºC. Cacilda!
Não sei se essas informações são aferidas por um psicólogo ou meteorologista, mas como não tinha nenhum desses por perto, resolvi perguntar para meu pai, que é formado em Agronomia. É o que chegava mais próximo.
Sem titubear, como todo bom engenheiro agrônomo (antigamente era a profissão tida como mais polivalente — hoje perde pro Direito e Administração de Empresas), expeliu:
— É assim: os caras pegam um veterinário, um filósofo e um arquiteto paulista (este último pode ser substituído por um cabelereiro ou, melhor ainda, por um designer). Levam os três para um descampado ventoso e mandam tirar a roupa, inclusive o cachecol do arquiteto. Depois de 15 minutos, uma equipe recolhe os indivíduos e pergunta qual a temperatura acreditam estar fazendo. Multiplicam a nota do arquiteto por 1,35, somam com as demais e dividem por 3. Pronto. Assim definem a sensação térmica no inverno.
— E no verão, pai?
— Ah, no verão vou me informar e te digo depois.