Inspirado pelo discurso de Vitor Ramil sobre a estética do frio, escrevi uma defesa de um trabalho para uns clientes uruguaios, que não vemm ao caso agora comentar. Achei bonitinho (e outras pessoas também), então resolvi compartilhar. É simples e curto, porém verdadeiro.
Para o povo do Rio Grande do Sul, principalmente na região sul do Estado, os países do Prata são o quintal da nossa casa. Nossas tradições culturais e hábitos nos unem. Nos identificamos mais com a milonga do que com o samba, mais com o frio do que com o calor, mais com o arroz do que com o feijão. Nosso vocabulário é farto em palavras espanholas que poucos no resto do Brasil compreendem. Falar do Uruguay é como falar de um irmão que foi estudar no exterior, de quem temos saudades. São coisas que não se explica. São coisas da alma. Já no futebol é outra história.
Não somos mais uruguaios do que brasileiros, mas, certamente, somos mais gaúchos do que brasileiros; e tão “gauchos” quanto vocês.”