Restaurantes de Palmas – Açaí.Com e Espetinho Pôr-do-Sol

Não se tratam, especificamente, de restaurantes. São como bares, só que um pouco mais incrementados em termos gastronômicos.

No Açaí.Com, o primeiro contato do garçom foi para se desculpar pela demora, justificando com a falta ao trabalho de dois colegas. E o queco? Odeio esse tipo de argumento, quando o cara tá mais preocupado em livrar a cara do que tentar resolver o problema; como se eu fosse culpá-lo pessoalmente por isso. Ele quer que eu tenha raiva do vagabundo que ficou em casa e livre a barra dele? Tô nem aí. Fico indignado é com o chefe que não consegue ter uma equipe que preste, nem para comparecer ao trabalho nem treinada o suficiente para se comunicar com o cliente.

Apesar do nome do lugar, servem também crepes e panquecas. “Qual a diferença da massa do crepe e da panqueca?”, perguntei. “Ã… Assim… É… No caso… É a mesma massa, só que diferente.” Entendeu? Nem eu. “É que uma é crepe e a outra é panqueca.” Lhufas. Continuei na mesma. Acho que ele quis dizer que era a mesma massa, porém apresentada de forma diferente no prato. Pela foto do cardápio o crepe era aquadradado e a panqueca enrolada da forma tradicional.

Pedi um crepe Açaí.Com. Aprendi que, na dúvida, devemos pedir sempre o que a casa indica. Tratava-se de frango com catupiry e palmito. Muito bom por sinal, exceto pelo exagero de recheio. O troço é grande demais, com muito, mas muito queijo. Não consegui comer todo. Havia acabado de dividir com minha mulher uma tigela de açaí com outras frutas e granola. Gelado! Esse sim, extremamente gostoso. A primeira vez que provei açaí foi na forma de suco em Porto Alegre. Achei uma merda. Tinha gosto de terra. Depois comi outro excelente em Bombinhas, SC. Mas o do Açaí.Com, de Palmas, superou. Ameacei minha esposa de tomar um Tribomba, mas ela me lembrou que estamos dormindo com nossas duas filhas no mesmo quarto (veja foto).

Bebidinha energética servida no Açaí.Com

 

O Espetinho Pôr-do-Sol serve, claro, espetinhos, além de caldos, como especialidades. Tomei um caldo de carne de sol com mandioca. Bom mas nada demais. Acompanhavam 3 fatias de pão – que combinariam melhor se semitorradas -, queijo “mussarela” em tiras – bem melhor se fosse um parmesão ralado – e um potinho de coentro, que achando ser salsa virei inteiro dentro do caldo. Na primeira colherada percebi a cagada e retirei tudo que consegui. Não tenho nada contra coentro, exceto em excesso (pô, que bonita essa sequência de XC: “exceto em excesso”). Já não é a primeira vez que percebo o uso além do normal de coentro por aqui. Achei que fosse apenas gosto local. Mas descobri que há uma dificuldade em achar salsa para vender em Palmas. De acordo com a origem dos donos do estabelecimento – paranaenses – deduzi que o coentro não estava ali por ser um hábito palmense, mas em substituição à salsa.

Um dos espetinhos era de kafta. Perguntei se era feito de carne de ovelha, como estou acostumado a comer a iguaria libanesa. O garçom disse que não e pedi para explicar do que se tratava. “É que é carne de boi bem condimentada, com temperos fortes, tipo da Índia.” Atrás dele, a TV ligada na novela das 8 exibia o Taj Mahal. Fico com o kafta do Kibe Sphirra de Pelotas. Bem melhor.

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