O que esperar de um tema pop, em um livro pop, com repercussão extremamente pop, em uma adaptação hollywoodiana para o cinema? Pop, é claro. Eu sabia que veria o filme “O Código da Vinci” comparando o tempo inteiro com o livro. Todas as pessoas que leram – e não são poucas (cerca de 49 milhões até agora) – devem estar agindo da mesma forma. Levando isso em consideração, fiquei os 30 minutos iniciais do filme tentando esquecer que tinha lido sobre aquilo. Eu pretendia perceber o filme como um filme. Não sei se por este fato, a primeira metade me pareceu muito ruim. Entendi, então, por que o filme foi motivo de vaias e gargalhadas em sua estréia em Cannes. Todos os enigmas desvendados dentro do Louvre, no, digamos, primeiro ato, que, originalmente, levam mais de 10 capítulos para acontecer, não consomem mais do que 5 minutos de tela. No livro, já é uma baita apelação a história dos anagramas, imagine no filme. A minha próxima surpresa, foi o intervalo que o Capitólio fez depois de uma hora e 20 de projeção. Nunca eu tinha visto isso. Só quando fui ver uma sessão dupla de O Retorno de Jedi e O Império Contra-ataca, há mais de 15 anos. Claro que a pausa foi entre os dois filmes e não no meio de cada um. Quando a história dirigida por Ron Howard volta, tudo parece melhor. Cada fato acontece no seu tempo, apesar de uma certa correria ser inevitável para tentas teorias conspiratórias. A maioria delas precisou ser deixada de lado na adaptação. Aliás, adaptação bem fiel até, já que o próprio romance é bastante cinematográfico em si.
No final das contas, o filme ficou acima da média que eu esperava. Achei o fim do livro mais emocionante do que a forma escolhida para contá-lo na película.
Toda a grana disponibilizada em assessoria de imprensa e publicidade propriamente dita para aumentar a polêmica sobre o livro e o filme é claro que funcionou até para quem poderia estar à margem dos fatos. As ameaças da Igreja Católica em boicotar o projeto e as opiniões dos religiosos alimentaram ainda mais tudo isso. O que eu acredito é que o filme, mesmo cheio de teorias inventadas e, mesmo com grandes possibilidades de outras serem reais, acaba por ser de grande utilidade para a Igreja. Muita gente alheia à religião está sendo convidada a discutir sobre o assunto. Coisa que nenhuma escola católica ou mesmo outras ações da Igreja vêm conseguindo fazer com sucesso. A mensagem que o filme deixa, bem mais explicitamente do que o livro é que, às vezes, a fé é a única coisa que resta para as pessoas se agarrarem.
Essa foto parece vinda de Star Wars. POWER UNLIMITED POWER!
(sobre o layout do então blog)
o bonecrinho da esquerda ta igual a ti.. menos o sorrisinho. e o sapato tem q ser preto, adidas. brown shoes dont make it. review do lig burguer?
Boa!