Vem cá. Não era o McDonalds o principal alvo de ações indenizatórias movidas por cidadãos norte-amercianos obesos? Eles não se viram obrigados a mudar a forma de ofertas determinados itens para não estimular o consumo calórico excessivo? Por exemplo, aquela história de oferecer “um refrigerante maior por apenas X a mais” não tinha sido suspensa? A exposição privilegiada das informações nutricionais de seus lanches não tinha se tornado mais do que obrigatório? O estímulo ao alimento sem qualidade não estava sob judice e, até, para disfarçar, colocaram aquelas maçãzinhas hipócritas em um canto qualquer?
Então, por que eu me deparo hoje com este texto estampado nos copos de suco? “A sua boca está prestes a ser invadida por uma sensação de refrescância e sabor sem igual…” Até aí, tudo bem. Tá bonito. Mas “… Você aguenta esperar?” é demais. Os caras querem que tu comece a tomar a porra da bebida antes de chegar o teu lanche. É por isso que servem antes (como em qualquer restaurante), mas apelar para o verbal grafado desta forma no copo é um pouco demais. Viajei?
Parece que o McDonalds, que passou por uma crise recentemente em todo o mundo, está querendo mudar seu conceito comercial. Ao invés de apostarem no giro rápido de clientes, por causa de sua redução, está investindo no aumento da permanência e do consumo em seus restaurantes. Muitos já não têm mais as desconfortáveis mesas e cadeiras fixas ao chão. Substituiram por assentos mais confortáveis para estender a visita dos consumidores.